quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um comercial de margarina


Me pergunto às vezes o quanto eu seria mais feliz se fosse uma alienada. O quanto tudo seria mais fácil e absurdamente menos dorolorido.
Quando questiono, me lembro, das amigas, melhor, colegas de escola, vejo elas casadas, sorridentes ao lado do marido satisfatório e com planos para o primeiro lindo bebê.

O mundo cor de rosa em sua casa da barbie. 
Penso que continuam a brincar de boneca.
 E agora todo mundo fala de verdade.
Me pergunto mais ainda: são felizes? Porque pior de isso, para mim, seria fingir um sorriso submersa nessa realidade de faz de conta. Quero e prefiro acreditar que sejam felizes e quem sabe até, plenas.
Felizes delas se, em nenhuma altura da vidas olharem para trás e  perguntarem: era isso que eu sempre desejei? Porque seria justamente isso o que eu me questionaria e com toda certeza do mundo, o próximo passo seria achar um gilete para colorir de vermelho. 
Tudo é intrínseco a escolhas de meus desejos -se é que existe escolha. Os meus não são convencionais, são realmente como contos de fadas - porque se prestarmos atenção verdadeiramente essas histórias são Epopeias, cheias de conflitos e reviravoltas, muito mais um conto de bruxas que  de fadas ! E convenhamos, muito longe do marasmo vivido pelas colegas de escola.
 Não estou criticando, não, ainda mais porque sinto uma grande inveja de sua fácil e descomplicada felicidade, entretanto desta só goza os ignorantes. E não digo os de pouca inteligência, e sim os alheios. É um tanto complicado olhar essa felicidade como algo real, principalmente para mim. É como se vivessem em uma outra realidade, da qual invejo, porém não gostaria para mim.

 Oras bolas, mamãe !!!! Porque não me fizeste um ser alienado?!?!

 Entretanto, é após ler a coluna do Calligares, hoje, sou feliz por não ter vendido minha alma em troca de uma felicidade não feliz, não ter vendido desejos por moedinhas ...
 Eu não sinto culpa por desejar mais que tudo na vida meus desejos e muito menos por não achar neles loucura alguma! Porque, para mim, minha loucura é a prova mais viva da minha sanidade. Loucura é não poder ser insano, nem que seja só um pouquinho!



E a única certeza sobre minha vida será, sempre:  olharei para trás com um sorriso no rosto!

Um comentário:

  1. Tá precisando mudar um pouco os títulos de leitura e vir pra cá pra eu te mostrar que felicidade nada tem a ver com o que você escreve...

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