terça-feira, 11 de setembro de 2012

repetição


Conviver com a saudade - nunca soube fazer isso, nunca aprendi a fazer isso.
Acostumar com a saudade - princípio da loucura.
Sou o contato, o mais puro toque, a convivência quase que diária. Sim, você me faz falta, faz falta só de saber que não posso te ver em cinco minutos, que não posso não querer te ver, que você não existe na mesma cidade... que você não faz mais parte da minha vida. Morro porque tenho saudade e ela me mata - e mata você também,  só que dentro de mim, porque sozinha, não posso com ela.
Não sei viver longe, não sei não ter você perto - a hora que eu quiser!
Prefiro então não ter, não te amar, sentir ódio - para ser fraca, indiferença. Não quero lembrar de você, quando for embora, por favor, leve com você todas suas memorias, todas as nossas historias, todo o meu e o seu amor! Destrua tudo, me faça te odiar, pois sentir saudades suas, será infinitamente mais doloroso!

Porque longe não preciso de você, prefiro que você morra a não participar da minha vida e nem eu da sua, porque terei certeza que não estaremos mais juntas porque é impossível!


MAIS UMA VEZ: VOCÊ!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Uma questão de cor

Em um ano, fui da rebeldia dos cabelos prink, a sensatez de um tom mas sóbrio e sério. E agora, brindo a chegada de cabelos brancos. Realmente, a vida passa muito rápido!

Lá em cima do piano, tem um copo de veneno

Não posso chorar. As lágrimas ardem meus olhos.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um comercial de margarina


Me pergunto às vezes o quanto eu seria mais feliz se fosse uma alienada. O quanto tudo seria mais fácil e absurdamente menos dorolorido.
Quando questiono, me lembro, das amigas, melhor, colegas de escola, vejo elas casadas, sorridentes ao lado do marido satisfatório e com planos para o primeiro lindo bebê.

O mundo cor de rosa em sua casa da barbie. 
Penso que continuam a brincar de boneca.
 E agora todo mundo fala de verdade.
Me pergunto mais ainda: são felizes? Porque pior de isso, para mim, seria fingir um sorriso submersa nessa realidade de faz de conta. Quero e prefiro acreditar que sejam felizes e quem sabe até, plenas.
Felizes delas se, em nenhuma altura da vidas olharem para trás e  perguntarem: era isso que eu sempre desejei? Porque seria justamente isso o que eu me questionaria e com toda certeza do mundo, o próximo passo seria achar um gilete para colorir de vermelho. 
Tudo é intrínseco a escolhas de meus desejos -se é que existe escolha. Os meus não são convencionais, são realmente como contos de fadas - porque se prestarmos atenção verdadeiramente essas histórias são Epopeias, cheias de conflitos e reviravoltas, muito mais um conto de bruxas que  de fadas ! E convenhamos, muito longe do marasmo vivido pelas colegas de escola.
 Não estou criticando, não, ainda mais porque sinto uma grande inveja de sua fácil e descomplicada felicidade, entretanto desta só goza os ignorantes. E não digo os de pouca inteligência, e sim os alheios. É um tanto complicado olhar essa felicidade como algo real, principalmente para mim. É como se vivessem em uma outra realidade, da qual invejo, porém não gostaria para mim.

 Oras bolas, mamãe !!!! Porque não me fizeste um ser alienado?!?!

 Entretanto, é após ler a coluna do Calligares, hoje, sou feliz por não ter vendido minha alma em troca de uma felicidade não feliz, não ter vendido desejos por moedinhas ...
 Eu não sinto culpa por desejar mais que tudo na vida meus desejos e muito menos por não achar neles loucura alguma! Porque, para mim, minha loucura é a prova mais viva da minha sanidade. Loucura é não poder ser insano, nem que seja só um pouquinho!



E a única certeza sobre minha vida será, sempre:  olharei para trás com um sorriso no rosto!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tem coisas que eu não falo.Tem coisas que poucos sabem. Tem coisas que 4 sabem. Tem coisas que apenas 2. Outras, somente um. Coisas que ninguém sabe. Mas a profecia do etílico foi concretizada. Tem coisas que eu não sabia. E foram verbalizadas. Outras, já não, e precisam ser!

Ontem, Dia do Trabalho, hoje, Dia da Preguiça!

Difícil, para não dizer impossível! A gente se apega a cada coisa besta e pequena na vida e morre só com a possibilidade de ter que deixá-las. É, contudo, o meu dia chegou! Intitulei, esse, como : último dia da preguiça!

O último, para o cigarro, foi ontem. E me irrita, só de pensar, que não estaremos mais lado a lado. Juntos nos momentos de solidão, juntos na fuga por minutinhos de sossego, juntos nas noites de bebedeira, juntos com outros grandes amigos... Sempre fomos muito mais amigos que uma sutil dependência. Chorei. Mas ele é o tipo de coisa que por mais que me faça muito mal - mal hoje e a longo prazo - dói, insuportavelmente dar adeus, porque eu o amo de um forma bem louca. Uma simbologia intrínseca. Bem/Mal necessário, dou adeus para que outras coisas venham tomar seu lugar. Foi bom enquanto durou!

E hoje, o último, para ter preguiça da minha vida. Vou deixar tudo que não me pertence mais,e já faz um tempo considerável que não sou daqui. Me dedicarei a mim e as coisas que gosto de fazer.

Isso custa  muitos tchaus e  umas caixinhas de lenços!



Depois de conversar com o meu avesso




Sempre esperei. Esperei para que coisas acontecessem e eu tivesse que novamente mudar os planos.
 Só que agora não quero mais esperar. Preciso dos tickets! Somente isso!
 Não esperarei mais, pois a grande verdade é : tudo pode dar certo/ errado com/sem planos! Sou assim, não diria, sem planos( porque esses, tenho incontáveis) mas, sim sem planejamentos muito específicos. Não dou certo de outro jeito, e lutar contra isso, me fazia andar para trás ou permanecer parada! Isso foi amadurecer, para mim, aceitar minha forma de organização e tirar o melhor dela.



Conversar com o meu avesso, me fez ter certeza. Tão/mais louca que eu (os olhos dos terceiros)- algo que discordo em gênero, número e grau- vi o quanto ela está feliz, o quanto está certa de si. Ela não sabe o que vai fazer da vida - e alguém sabe? - porém sabe o mais importante: sabe de si!

 Sempre vão existir milhões de empecilhos, infinitas desculpas, inúmeras justificativas, mas isso só cobriu minha imensa covardice. Meu avesso me deu o último sopro de coragem que precisava!

 Quero ver o quanto realmente combina comigo!